domingo, 8 de abril de 2012

Desabafo I

Oh, mar! Que como eu vai e vem
Sem destino e sem sentido.
Como querer que outros entendam os caminhos
Formados por baixo de nós?

Caminhos que não construímos, que não eligimos,
Que simplesmente nem vimos.

Mas estão aqui, sob nossos corpos
Sob nossa pele serena
Cobertura amena de um redemoinho de emoções
Intensas e desprendidas de qualquer motivo ou razão.

Emoções que não se pode expressar, e que o inverno e a vida hão de apagar
Pois como mais poderia o mar
Seguir deu caminho sem vacilar
Se a alma destruída não cala
não para
não alma
não salva
não arde
não morre.

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