terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A quoi ça sert l'amour? (II)

Nunca irei me esquecer daquele dia em que entrei no Celoma's e escutei sua voz aguda cantando Joni Mitchell. Parei, ainda sem achar seu rosto, e fechei os olhos. Adoro Joni Mitchell, mas naquele momento adorei mais você. Fui até o balcão e me sentei numa banqueta, para te ver, e me senti encantada uma vez mais.
Pedi um Dry Martini. Achei que ficaria legal, estilo James Bond.
Perdi a noção do tempo. Quando percebi já haviam seis taças vaizas no balcão.
Perdi a noção do ridículo. Subi na banqueta, sentei no balcão e cruzei as pernas, piscando de longe pra você - na hora me pareceu bem sutil. Mais alguns Dry Martinis, porque agora tinha certeza de que você ia ver meu charme! Ainda fiquei me perguntando se você poderia ouvir quando eu pedia "Batido, não misturado".
Perdi a conciência. Na verdade, a última coisa que eu me lembro, depois de cair do balcão para dentro do bar, foi da sua voz, bem de longe: "oh, love can be so sweet..."

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Traga-me cerveja e bom papo.

Traga-me cerveja e bom papo.
Traga-me boa música e bom humor.
Traga-me o livro que não terminei, e mais um que não comecei.
Traga-me a lua e um grande amor.
Traga-me amigos
- esses, em dose dupla.
Traga-me um violão e um engov.
Por favor, esqueça o calendário e o despertador, mas
traga-me cerveja e bom papo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ah, se eu fosse marinheiro,

eu aproveitava o enjôo do barco e vomitava no filho-da-puta que me enganou.