sábado, 24 de dezembro de 2011

Tarde de Domingo

Chego no parque e me sento em um banco a contemplar as folhas das árvores dançando ao vento. Direita, esquerda, choc, choc.
O sol passa com preguiça através dos ramos indefesos. Direita, esquerda, pra cima, pra baixo, choc, choc.
O latido de um cão, a risada de uma garota, a brisa leve em meu rosto. Direita, esquerda, um lado, outro, choc, choc.
Posso escutar os passos das pessoas passando à minha volta, poc poc fazem os sapatos das moças. Mas meus olhos continuam pregados nas copas das árvores: direita, esquerda, choc, choc...
Poderia haver no mundo
Maior sensação de paz?

sábado, 17 de dezembro de 2011

Viver

Viver e amar. Foi para isso que eu vim, nada mais.
Dizem que não se pode viver de amor, mas porque não amar aquilo para o qual vive?
Para que não amar a rotina, o trabalho, o "bom dia" de um colega
o som e o cheiro da cebola fritando, o "boa noite" da esposa quando chegas em casa

As pessoas complicam o amor, que é a coisa mais simples que há. Amar é o natural, é o que nosso corpo e nossa alma pedem. É por isso que ansiamos ao despertar todas as manhãs.
Eu me desperto amando. Amo o simples despertar, amo recordar os sonhos, e também amo sentir a memória dos mesmos desaparecendo enquanto sua consciência vem chegando e você procura os óculos ao lado da cama.

Amo o estar semi-desperta logo antes de dormir. Amo os sonhos. Amo a realidade, com toda sua dureza, suas verdades e mistérios ainda não resolvidos. Amo as pessoas, o som de seus risos.
Amo a arte, a música, amo o balançar das folhas das árvores ao vento.
Amo, mais que tudo, o amor.